quinta-feira, 26 de abril de 2012

“você marcha, José! José, para onde?”

Carlos Drummond de Andrade nasceu em Minas Gerais; herdeiro da liberdade linguística, do verso livre, do metro livre e dos temas do cotidiano. “José” é o meu poema favorito, aliás, é um dos poucos de Drumond que realmente me impressionam, embora ele seja um dos poetas mais queridos e reverenciados.
Fico com “José”! Um dia de angústia produz mais do que anos de glória.

“você marcha, José!
José, para onde?”

sábado, 14 de abril de 2012

POEMA


Mário de Miranda Quintana (1906-1994): Gaúcho de Alegrete, foi considerado o “poeta das coisas simples”, trabalhou como jornalista e tradutor durante quase toda a vida. Destaca-se ainda o seu estilo irônico e técnica impecável. 
 Depois de ler o poema abaixo, refleti: A existência é motivada por desejos. Quanto mais acreditamos neles, mais ela se torna preciosa.

POEMA

O grilo procura
no escuro
o mais puro diamante perdido.

O grilo
com suas frágeis britadeiras de vidro
perfura

as implacáveis solidões noturnas.

E se o que tanto buscas só existe
Em tua límpida loucura

-que importa?-

isso
exatamente isso
é o teu diamante mais puro!