domingo, 31 de julho de 2016

Agosto: PT e Cachorro Doido


Lula é o expoente máximo da esquerda brasileira. Em seu governo se firmou um sofisticado sistema de propina distribuído para membros do partido e aliados. Institucionalizou-se e internacionalizou-se a corrupção, já que o esquema incluiu, entre outros ditadores, Chávez e os irmãos Castro.
 O plano era voltar em 2018. Dilma, sua quase fiel subordinada, deveria devolver-lhe o governo. O que Lula não previu foi o excesso de trapalhadas. Ela revelou-se incompetente, impopular e aloprada. Sem habilidade politica ou carisma, não foi capaz de manter embaixo do tapete os crimes que perpetrou contra as finanças públicas e a economia. Tampouco, conseguiu impedir as investigações da Lava-Jato que alcançaram o chefe.
 Dilma deverá ser lembrada como o fracasso que nos salvou. Neste sentido, será mesmo uma heroína nacional... Lula, no seu íntimo, odeia Dilma. O líder petista entrou na roda das investigações. Ele está acuado, de olhos vidrados, e espumando de raiva. Por isto decidiram rosnar para a Justiça, em especial, para o Juiz Sérgio Moro.
 Optaram pela tática manjada da esquerda: a vitimização. Moro é o vilão; Lula é a vitima. A esquerda brasileira é especialista nesta inversão de valores que tenta jogar com os arcaicos papéis de oprimido/proletário e opressor/burguesia. Por isto os intelectuais fakes de esquerda afirmam em seus livros, canções e poemas que você é o maior responsável pela violência.
  Você criou o bandido que aponta a arma para a sua cabeça. Você que trabalha e paga impostos; que viaja uma vez por ano de férias com a família... Você, pequeno burguês, tem o ônus do pecado original social moldado pela esquerda para impor-lhe culpa e submissão. Sim! O coitadinho que te rouba só está pegando de volta o que sempre foi dele. As bandeiras sociais são para muitos um Green Card, uma espécie de salvo- conduto. Este é o raciocínio de Lula; é com essa culpa social que ele conta para safar-se das acusações. Ele tenta se passar pelo herói que pretende vencer o mal.
O mal de Lula é tudo que possa aclarar as suas manobras duvidosas, inclusive, para retornar ao poder em 2018. São os agentes e servidores públicos que graças a um trabalho extremamente articulado e bem feito estão desvendando todos os crimes dos mocinhos, vermelhos ou não; são todos que pretendem resgatar alguma ordem neste país tão sucateado pelos calhordas que usam o poder para se locupletarem.
 Moro, representa este mal, o mal de Lula. Espero que o mal consiga desnudar a loucura; os caninos afiados; a intenção sórdida que usa a capa do bem. Sem este mal, nos espreita a dentada e a loucura. Porque insanidade, minha gente, se transmite pelo convencimento. Com a entrada do mês do cachorro louco, fiquemos atentos. Para o nosso mal a fera está solta...

quarta-feira, 27 de julho de 2016

Sobre a Verdade: "Quid est veritas?"


A verdade do outro é o nosso ponto cego...

       Creio que a única verdade que me cabe e alcança é a minha; sou do tamanho dela. Não adianta ler, ver, ou ouvir a verdade do outro. Só capto a verdade do outro na minha medida, proporcionalmente a ela. Tudo que não faz parte da minha verdade é mentira. Tudo se constitui a partir do meu egoismo cego.
       Um dos diálogos mais intrigantes que já li é o supostamente ocorrido entre Jesus e Pilatos. Jesus diz: “Tu dizes que sou rei. Eu para isso nasci e para isso vim ao mundo, a fim de dar testemunho da verdade. Todo aquele que é da verdade ouve a minha voz”. Pilatos, retruca: “Que é a verdade?” Ele não obtém resposta. Ou Jesus silenciou-se porque não sabia, ou, porque sabia, silenciou-se.
    Todas as opções me levam a crer que a verdade não existe, ao menos não a partir do outro. Se Jesus conceituasse a verdade só poderia fazê-lo a partir de si mesmo, logo, inalcançável a Pilatos. Existe também a possibilidade do silêncio ter servido de metáfora; o objetivo foi deixar subentendido que para coisas muito complexas as palavras são insuficientes-.
     É mais provável que Jesus tenha se calado por prudência que por ignorância. Fez bem... Pilatos, melhor ainda. Se a verdade existe para além de nós mesmos o único modo de conhecê-la é questionando.

sábado, 23 de julho de 2016

CONCEITOS E FARSA CULT

O termo intelectual é empregado àqueles que se dedicam as indagações da mente, ou, se preferirem, do espírito humano. A ideia sugere uma contraposição às sensações, inerentes a todos os animais. Até onde sabemos só a espécie humana é capaz de criar e repassar conceitos. Conceitos são sempre perigosos, sobretudo, o conceito de intelecto, já que é o próprio intelecto que conceitua.
O verdadeiro intelectual se ocupa das questões universais, ou seja, menos suscetíveis às convenções do poder transitório- Os seus pensamentos e obras são eternamente modernos. Esta é a razão da humanidade ser carente de intelectuais.
         O que temos de sobra são os peritos em repetição do pensamento alheio. O sujeito repassa o que lê, grosseiramente, ou com algum adorno; além dos peritos em manipulação dos conceitos. Estes, mais nocivos, copiam os pensamentos alheios e ainda os distorcem para que se ajustem as suas necessidades absolutamente temporais. Alguns chamam este pessoal de intelectualóides, não gosto; me reporta a palavra debiloide. Isto em hipótese alguma corresponde à verdade, pois os falsos intelectuais são muito astutos.
No Brasil, eles proliferam... Talvez porque costumam ser simpáticos à esquerda. São CULT. Esse povo reina no meio acadêmico. Geralmente penduram os seus mestrados e doutorados como os militares ostentam as suas medalhas. São especialistas! Intelectuais! Os conceitos lhes pertencem e o título de intelectual os exonera de maiores explicações. Escrevem livros chamando os seus opositores de fascistas, embora cultuem ditadores.
Os nossos intelectuais fakes muito bem pagos para defenderem o populismo de esquerda, encabeçado pelo PT, nos empurra à condição de Venezuela “king size", articulando os conceitos de modo que os favoreça e legitime. Estes “especialistas” escrevem para quem trabalham. São empregados, no sentido mais pejorativo da palavra.
Por esta razão há tantos textos confusos, forçados, manipulados, insistindo na retórica de que a saída de Dilma trata-se de um golpe. Alguns, mais ridículos, dizem que o golpe se deu porque ela é mulher... Misandria total! Estes honoríficos pensadores só tratam do que se relaciona à defesa de suas próprias vantagens.
Eles têm o direito! Respeito a Liberdade de Expressão... Só não me peçam para considerá-los intelectuais ou chamar de obras o amontoado de asneiras que escrevem.

quarta-feira, 20 de julho de 2016

Sobre a Felicidade e o Repuxo

         Quero desabafar. Preciso com alguma urgência escrever o quanto pessoas felizes me dão nos nervos, em especial, quando estou com TPM. Porém, antes de continuar faço duas ponderações: só estou escrevendo porque não achei nenhum texto da Fernanda Young para postar- pessoa por quem tenho muita simpatia. Ela certamente deve ter algo de muita qualidade sobre o tema. Também preciso deixar claro que não me refiro aos que estão felizes em algum momento do dia ou da vida, mas, aqueles 100% felizes em 100% da vida.
Se o feliz em questão tiver voz mansa, piora. Ou seja, felicidade acompanhada de mansuetude agrava mais... Se for feliz, tiver voz mansa e me chamar de querida, meus nervos começam a se contrair, um repuxo só... Se tiver todas essas virtudes e ainda me mandar por nas mãos de Deus no final da conversa, fico à beira do infarto. Como geralmente o infarto não se consuma tendo ao sarcasmo, que normalmente o feliz não entende, ou entende e releva- outra coisa irritante é gente que perdoa tudo.
Pode parecer que eu seja uma pessoa mal-humorada, não sou. Em regra sou divertida. É que acima do humor aprecio a sinceridade, coisa inconciliável com um semblante eternamente feliz. Alguém poderia me perguntar: mas, por que a felicidade do outro te incomoda tanto, ainda que seja “fake”? Pois é... Não incomoda! O que incomoda é o desejo que os 100% felizes tem de contaminar todos a sua volta com a suposta felicidade que carregam.
           O sujeito percebe que você não está para firulas e fica te cutucando com vara curta: “O que você tem? Ânimo!”; “Por que tá tão calada?”; “Vamos sorrir! Você tem um sorriso tão bonito!”. Diante desse bombardeio costumo fazer um esforço sobre-humano para entortar o canto da boca, de modo que pareça um sorriso, para ver se o feliz me deixa em paz. O problema é que os felizes não se contentam com pouco; eles querem no mínimo dos dentes incisivos centrais aos caninos.
        Não tenho nada contra a felicidade, mas admito a infelicidade e o mau humor como estados que fazem parte da minha natureza. Aliás, não tenho nada contra nada desde que haja espaço para tudo . Talvez por esta razão seja avessa ao que as religiões ensinam. A ideia de um soberano imutável me causa receio. Uma das minhas passagens favoritas da Bíblia é quando Jesus deixa de lado os bons modos e parte para cima dos cambistas do templo, virando mesas e distribuindo chicotadas.
Em um mundo praticamente obrigado à felicidade só espero ter garantido o meu espaço para destoar de vez em quando dos sempre sorridentes, animados e elegantes. Como bem disse Fernanda Young aos passarinhos que rondavam a janela do seu quarto: “Vão cantar lá em Fernando de Noronha!”.

sábado, 16 de julho de 2016

GloboNews, Salvação e Respeito

"Não basta abrir a janela
Para ver os campos e o rio.
Não é bastante não ser cego
Para ver as árvores e as flores.
É preciso também não ter filosofia nenhuma.
Com filosofia não há árvores: há ideias apenas.
Há só cada um de nós, como uma cave.
Há só uma janela fechada, e todo o mundo lá fora;
E um sonho do que se poderia ver se a janela se abrisse,
Que nunca é o que se vê quando se abre a janela."

(Não Basta Abrir a Janela- Alberto Caeiro) 
Conheci Amsterdam em 1999, há exatos dezessete anos. A cidade tem uma inexplicável aura de liberdade que me contaminou.  Naquela ocasião, conversando com uma holandesa sobre “tabus”, constatei sua surpresa quando lhe contei sobre o excessivo machismo da sociedade brasileira e o enorme grau de intolerância com homossexuais, bissexuais, travestis e transgêneros. Ela achou difícil acreditar considerando o nosso carnaval. Adorei o raciocínio da moça! Afinal, só mesmo uma sociedade hipócrita como a nossa para conciliar a severa moral cristã com putaria escrachada.
Quase duas décadas depois o Brasil passou a figurar entre os três países que mais matam por intolerância, ligada à condição de gênero e preferência sexual. Ou seja, estamos piorando... A pretexto de seguir os preceitos religiosos, tentamos sufocar a diversidade. Se a natureza nos quisesse iguais, teria nos projetado iguais.
O rebanho do Senhor cresce! Um rebanho arrogante que se julga dono da verdade; que pretende impor-se a qualquer custo. A máxima de que os fins justificam os meios, considerando o fim a salvação, pode fazer do Brasil o país mais homofóbico do mundo ocidental.
 Na contramão dessa imbecilidade, a GLOBONEWS tem apresentado excelentes documentários sobre a condição transexual. São relatos emocionantes de pessoas que têm o sofrimento agravado pelo preconceito. Além do desconforto de ter uma identidade de gênero oposta àquela definida por sua biologia, todos relatam os abusos, as injustiças, a violência física e moral do qual são vitimas por esta condição. Ou seja, o sujeito ao invés de ser amparado é execrado. Essa é a nossa bela moral cristã...
Parabéns ao canal! Enquanto houver espaço para as pessoas se manifestarem haverá resistência à ditadura do comportamento. Continuo contaminada pela liberdade...

(P. Ubert)