terça-feira, 27 de setembro de 2016

No Deslize, a Relatividade é o Princípio.


     O principio da relatividade se sustenta no fato de que referenciais distintos oferecem perspectivas conciliáveis, ou seja, plausíveis, de um mesmo efeito ou evento. Em resumo: tudo depende do referencial.  Na perspectiva do observador Álvaro Dias a bravata do ministro Alexandre de Moraes que usou as investigações da LAVA JATO para fazer politicagem foi apenas um “deslize”.
  A esquerda não perdeu tempo! Aproveitou o discurso do citado ministro para mais uma vez questionar a imparcialidade das investigações. Sempre tentando se passar por vitimas desse esquema investigativo, cujo objetivo seria o fim do PT. Que dó!  
  O comentário de Alexandre de Moraes foi muito mais que um deslize. Ele deu munição para a esquerda sustentar o discurso de golpe. Esse pessoal está se afogando, eles vão se agarrar a qualquer coisa para salvar suas peles. Uma bravata dessas pode custar muito aqueles que estão empenhados em desmascarar o esquema de corrupção petista e CIA LTDA.
Não creio que o ministro tenha sido informado dos detalhes da prisão. Parece-me que ele apenas sugeriu o óbvio, aliás, o próprio detido já suspeitava que pudesse ser preso. Depois que algumas peças do quebra-cabeça são encaixadas fica mais fácil deduzir o resto da paisagem. Foi o que aconteceu com o ministro boquirroto.
 A gravidade consiste no fato de que vários grupos, cada qual com seus respectivos interesses, estão usando a operação LAVA JATO para manipular a opinião pública. O PT, em especial, não tem outra saída senão desmoralizar todo o trabalho do MPF. Mesmo para um cara de pau como Lula vai ser difícil pedir votos, caso seja condenado pelo desvio de milhões de reais dos cofres públicos...
Mas, afinal, a quem servirá esta intrincada investigação? Na pergunta, toda a relatividade da LAVA JATO. Na resposta, provavelmente o que o Brasil se tornará depois dela. Espero que ela sirva aos que tem como referencial alguma filosofia ética, no sentido mais absoluto da palavra.  

quinta-feira, 22 de setembro de 2016

Só Alguns Dias...

Preciso dar uma arejada, sigo hoje para São Paulo. Acho que sou a única pessoa nesse país que busca sossego em São Paulo. A cidade é a minha fazenda Tara, onde me sinto em casa. Depois, aqui está muito quente e seco, ar pesado... Deve ser os ventos que sopram do Congresso. Só espero não me encontrar com alguma trupe petista. Vão manifestar na praia!  

Vou rabiscando reflexões... 

Há em cada parte sua,
Em cada rua,
O tudo e o nada.
Nas calçadas os passos se apressam;
Nas filas as horas se apertam;
E os olhos entrelaçam
As pastas, os maços e os gestos.
Da janela do meu quarto
Observo a sua face;
Subitamente, me sinto à vontade...
Absorvida por tantas outras faces,
Respiro a paz da invisibilidade!
Mas há também os seus zumbis
Que vagam descartados;
Cercados por sobras e ratos,
Sombras em meio ao frenesi.
Embaixo o metrô,
Que passa rápido!
A mulher nua, o prazer,
Que passam rápido!
E tanta gente solitária...
Olho da janela;
Você que não é minha;
Que é de todos;
Que não é de ninguém;  
Que testa o verso;
Que expressa o caos;
Que expõem o avesso;
Além, muito além,
Do cadáver molhado;
Do vistoso casaco;
Do leitor concentrado;
Do rosa, do choque;
Do transviado!
O mundo inteiro é aqui.
No quadro da janela,
Eu, um delírio real
De carne e vontade,
Igual a outro,
Que passa rápido!

(Patrícia Ubert)

Ratos e Homens

Renan Calheiros disse que o Ministério Público Federal agiu com “exibicionismo” ao denunciar Lula; disse que é preciso separar o joio do trigo; que se o MPF não mudar o Congresso vai tomar as medidas necessárias ao cumprimento das garantias individuais. 
Renan é acusado de corrupção passiva, formação de quadrilha e lavagem de dinheiro. Ele também articulou a manobra que safou Dilma parcialmente. Naquela ocasião ergueu a Constituição que ele feria, ao sugerir o fatiamento das penas decorrentes do impeachment, dizendo que os senadores poderiam cassar o mandato, mas que retirar a elegibilidade da Presidente seria maldade. Que nobre!
A verdade é que o senador não está preocupado com justiça ou bondade, tampouco com as garantias individuais, salvo as suas próprias. A ordem petista encampada por todos os comparsas que estão atolados até o pescoço na lama das roubalheiras é desmoralizar os investigadores, e, por conseguinte, levantar dúvidas quanto à lisura das investigações.
Querem confundir, assumindo o papel de vitima. Eles estão desesperados e gente desse nível quando se desespera é capaz de tudo. Suspeito que crimes mais graves venham à tona caso o PT e bando não obtenham êxito em parar a atuação da LAVA JATO. O que esse pessoal pretende é garantir a impunidade e a continuidade dos delitos... Se eles conseguirem, teremos que abrir as portas de todos os presídios e colocar na fogueira todos os nossos códigos, o verdadeiro show pirotécnico!
Renan coloca em xeque os brasileiros que anseiam por um país onde haja um mínimo de respeito às leis. Aderir ao seu discurso intimidatório implica em absolver indiretamente o sujeito que nos rouba na rua, porque mesmo que não façamos a associação de pronto, tudo está intimamente ligado. Anistiar um, implica em anistiar o outro. Ele falou em separar o joio do trigo. Considerando os investigadores e os investigados na LAVA JATO, prefiro pensar que teremos a oportunidade de separar ratos de homens.    

quarta-feira, 14 de setembro de 2016

E Agora, Lula?


"A festa acabou,
A luz apagou,
O povo sumiu,
A noite esfriou"

(E agora, José- Carlos Drummond de Andrade)

sexta-feira, 9 de setembro de 2016

Esquerda e Direita Fascistas: Descarte!

O PT e aliados apregoaram a resolução de problemas difíceis com métodos fáceis, desafiando Descartes. Os seus governos foram marcados por ações paliativas, adornadas por muito brocal. As pregações ideológicas da esquerda tem tudo a ver com o fascismo.
Líder do partido nacional fascista, Mussolini, ditador-mor aliado de Hitler na Segunda Grande Guerra, foi um professor modesto de escola primária que através do partido único, imposto por violência, e do culto a personalidade tornou-se o “Duce”. Embora o fascismo seja imediatamente associado à extrema direita, qualquer um que conheça um mínimo de História percebe que se trata de uma ideologia que atende muito bem aos propósitos da esquerda.
 Mussolini destacava a importância do estado, entendendo que as garantias individuais só prevaleciam se fossem coincidentes com os interesses coletivos, lembrando que ele, o líder, definia tais interesses.
Vemos o mesmo agigantamento do poder estatal na União Soviética de Stalin. Aliás, foi essa ideologia que nossos heroicos revolucionários de esquerda tentaram implantar por aqui. Suspeito que se tivessem obtido êxito teriam causado um estrago muito maior que o provocado pelo golpe militar. Os fascistas de esquerda dirão que o meu palpite deve ser traduzido como aprovação da ditadura a qual nos submetemos, previsíveis!   
Outra especialidade desse pessoal é a distorção dos fatos para que atendam aos seus propósitos. Esta é a única razão para enxergarem heroísmo na biografia de Prestes. Acredito que todos os extremos sejam perigosos, seja de esquerda ou direita. Por esta razão não me rendo a tentação de diferenciar coisas essencialmente idênticas.
 A esquerda simpática ao fascismo que instalou-se em boa parte da América Latina, executa uma politica populista, visivelmente rasteira.  A maioria dos políticos, salvo um e outro, criticam os princípios do neoliberalismo. Os petistas, em especial, fazem discursos apaixonados demonizando este sistema econômico. A verdade é que o Brasil nunca foi neoliberal, ao menos não na sua plenitude. Deveríamos experimentar...Já que nada deu certo até aqui... Por hora, seguimos com a velha roupa colorida e os discursos mofados. Se ao menos fossem só os petistas! 
Mussolini foi executado e dependurado de cabeça para baixo em praça pública,  Espetáculo horrendo! A mim bastaria que os seus equivalentes tupiniquins devolvessem o dinheiro público que desviam para as contas de seus comparsas e familiares, sempre em nome do social. O maior álibi dessa corja é a pobreza.
 Seria uma solução simples para um problema complexo, com todo o respeito a Descartes ...