O que restará de nós?
Temer fica. A
despeito de todos os indícios de que tenha cometido crimes, ele seguirá
ocupando o cargo mais importante do país.
A República de banana continua a adotar pesos e medidas diferentes para
casos iguais, o que nos sagra ordinários. A esquerda não estava de todo errada,
mas, o golpe não foi contra eles, o golpe é contra todos os brasileiros que
tentam manter a honestidade em um país cuja maioria já considera tal virtude um
obstáculo.
O que restará de cada um de nós, do
cidadão que cria, sente, julga e faz as suas escolhas; material sólido, carne e
ossos do ente abstrato denominado sociedade brasileira? De quem é a culpa?
Minha não é... Por isto seria bem oportuno se começássemos a nomear a tal
sociedade, “um a um”...
Quanto de mim em
mim sou eu?
Quanto em tudo
nada importa?
Um ir e vir de
portas;
Tenho medo de
fechar uma
Sem abrir outra.
(Nunca superei
por completo o medo do escuro)
E quem nunca foi
covarde neste mundo?
Ou em outro
qualquer...
Quem sabe tudo se
resume na roupa e no espelho
Em administrar o
aperto da roupa
E os anos no
espelho
Impondo o tempo
como medida real.
Mas, ainda tem o amor...
Sim, ainda tem o amor a desafiar tudo!
O espelho o
tempo e o medo do escuro;
A manter a esperança
Entre um passo e
outro
E a manter algo
de nós em nós mesmos.
(P.Ubert)
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