Só existe uma coisa mais sofrível
do que amar sem ser amado: é ser amado por pessoas que não seguram a
onda. Embora a nossa espécie seja muito hábil em dissimular sentimentos,
as mulheres em especial, alguns deles são difíceis de acobertarmos. O
desejo sexual, a repulsa, a paixão ou o descaso, podem ser facilmente
captados. O que sentimos em nosso intimo revela-se em nossos gestos
e expressões corporais, ainda que tenhamos um discurso oposto a eles.
Somos traídos por
nossos desejos ou pela falta deles. Assim, observe o outro. Não só o que diz,
mas principalmente como diz. As pessoas precisam parar de buscar alguma
justificativa para desacreditar o óbvio. Alguns, os mais obcecados,
tendem a considerar o menosprezo um tipo de interesse enrustido. Não é!
Menosprezo significa que o outro
não dá a minima para você! E vá por mim: quanto mais insistir, pior fica... O
menosprezo provavelmente vai virar antipatia. Você será chamado de “chiclete”;
de “sem noção”; alcunha dos insistentes de plantão que não fazem ideia do
quanto suas investidas são desagradáveis.
Estes utilizam a renitência como
estratégia para alcançar o amor. O amor não se impõe, se conquista! Mas é
importante que os meios não sejam indignos para que o fim não seja
invalidado.
Amar sem ser correspondido
acontece a todo mundo.Quando constatado, o único remédio é admitir que é algo natural; que vamos sofrer
por algum tempo, mas que há muitas pessoas e possibilidades no mundo. Os nossos
sentimentos são nossos! Os outros não têm a menor obrigação de corresponder a
eles. É mágico quando dois afetos coincidem, mas é trágico quando forçamos a
coincidência.
Não importa quão interessado ou
apaixonado você esteja! Se o outro lhe disser reiterados “nãos”, venham eles da
boca, dos gestos, do olhar, ou de quaisquer atitudes, ponha a sua viola no
saco, dirija-se a uma praia bem animada... Vá surfar! E tente segurar à
onda!
Nenhum comentário:
Postar um comentário