segunda-feira, 25 de setembro de 2017

Segura a Onda...

Só existe uma coisa mais sofrível do que amar sem ser amado: é ser amado por pessoas que não seguram a onda. Embora a nossa espécie seja muito hábil em dissimular sentimentos, as mulheres em especial, alguns deles são difíceis de acobertarmos.  O desejo sexual, a repulsa, a paixão ou o descaso, podem ser facilmente captados.  O que sentimos em nosso intimo revela-se em nossos gestos e expressões corporais, ainda que tenhamos um discurso oposto a eles.
Somos traídos por nossos desejos ou pela falta deles. Assim, observe o outro. Não só o que diz, mas principalmente como diz. As pessoas precisam parar de buscar alguma justificativa para desacreditar o óbvio. Alguns, os mais obcecados, tendem a considerar o menosprezo um tipo de interesse enrustido. Não é!
Menosprezo significa que o outro não dá a minima para você! E vá por mim: quanto mais insistir, pior fica... O menosprezo provavelmente vai virar antipatia. Você será chamado de “chiclete”; de “sem noção”; alcunha dos insistentes de plantão que não fazem ideia do quanto suas investidas são desagradáveis. 
Estes utilizam a renitência como estratégia para alcançar o amor. O amor não se impõe, se conquista! Mas é importante que os meios não sejam indignos para que o fim não seja invalidado. 
Amar sem ser correspondido acontece a todo mundo.Quando constatado, o único remédio é admitir que  é algo natural; que vamos sofrer por algum tempo, mas que há muitas pessoas e possibilidades no mundo. Os nossos sentimentos são nossos! Os outros não têm a menor obrigação de corresponder a eles. É mágico quando dois afetos coincidem, mas é trágico quando forçamos a coincidência.
Não importa quão interessado ou apaixonado você esteja! Se o outro lhe disser reiterados “nãos”, venham eles da boca, dos gestos, do olhar, ou de quaisquer atitudes, ponha a sua viola no saco, dirija-se a uma praia bem animada... Vá surfar! E tente segurar à onda!  

Nenhum comentário:

Postar um comentário