Renan Calheiros disse que o Ministério Público Federal agiu com “exibicionismo”
ao denunciar Lula; disse que é preciso separar o joio do trigo; que se o MPF
não mudar o Congresso vai tomar as medidas necessárias ao cumprimento das
garantias individuais.
Renan é acusado de corrupção passiva,
formação de quadrilha e lavagem de dinheiro. Ele também articulou a manobra que
safou Dilma parcialmente. Naquela ocasião ergueu a Constituição que ele feria,
ao sugerir o fatiamento das penas decorrentes do impeachment, dizendo que os
senadores poderiam cassar o mandato, mas que retirar a elegibilidade da
Presidente seria maldade. Que nobre!
A verdade é que o senador não está
preocupado com justiça ou bondade, tampouco com as garantias individuais, salvo
as suas próprias. A ordem petista encampada por todos os comparsas que
estão atolados até o pescoço na lama das roubalheiras é desmoralizar os
investigadores, e, por conseguinte, levantar dúvidas quanto à lisura das
investigações.
Querem confundir, assumindo o papel de
vitima. Eles estão desesperados e gente desse nível quando se desespera é capaz
de tudo. Suspeito que crimes mais graves venham à tona caso o PT e bando não
obtenham êxito em parar a atuação da LAVA JATO. O que esse pessoal pretende é
garantir a impunidade e a continuidade dos delitos... Se eles conseguirem, teremos
que abrir as portas de todos os presídios e colocar na fogueira todos os nossos
códigos, o verdadeiro show pirotécnico!
Renan coloca em xeque os brasileiros que anseiam por um país onde haja um mínimo de
respeito às leis. Aderir ao seu discurso intimidatório implica em absolver
indiretamente o sujeito que nos rouba na rua, porque mesmo
que não façamos a associação de pronto, tudo está intimamente ligado. Anistiar
um, implica em anistiar o outro. Ele falou em separar o joio do trigo.
Considerando os investigadores e os investigados na LAVA JATO, prefiro pensar
que teremos a oportunidade de separar ratos de homens.
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