quinta-feira, 22 de setembro de 2016

Ratos e Homens

Renan Calheiros disse que o Ministério Público Federal agiu com “exibicionismo” ao denunciar Lula; disse que é preciso separar o joio do trigo; que se o MPF não mudar o Congresso vai tomar as medidas necessárias ao cumprimento das garantias individuais. 
Renan é acusado de corrupção passiva, formação de quadrilha e lavagem de dinheiro. Ele também articulou a manobra que safou Dilma parcialmente. Naquela ocasião ergueu a Constituição que ele feria, ao sugerir o fatiamento das penas decorrentes do impeachment, dizendo que os senadores poderiam cassar o mandato, mas que retirar a elegibilidade da Presidente seria maldade. Que nobre!
A verdade é que o senador não está preocupado com justiça ou bondade, tampouco com as garantias individuais, salvo as suas próprias. A ordem petista encampada por todos os comparsas que estão atolados até o pescoço na lama das roubalheiras é desmoralizar os investigadores, e, por conseguinte, levantar dúvidas quanto à lisura das investigações.
Querem confundir, assumindo o papel de vitima. Eles estão desesperados e gente desse nível quando se desespera é capaz de tudo. Suspeito que crimes mais graves venham à tona caso o PT e bando não obtenham êxito em parar a atuação da LAVA JATO. O que esse pessoal pretende é garantir a impunidade e a continuidade dos delitos... Se eles conseguirem, teremos que abrir as portas de todos os presídios e colocar na fogueira todos os nossos códigos, o verdadeiro show pirotécnico!
Renan coloca em xeque os brasileiros que anseiam por um país onde haja um mínimo de respeito às leis. Aderir ao seu discurso intimidatório implica em absolver indiretamente o sujeito que nos rouba na rua, porque mesmo que não façamos a associação de pronto, tudo está intimamente ligado. Anistiar um, implica em anistiar o outro. Ele falou em separar o joio do trigo. Considerando os investigadores e os investigados na LAVA JATO, prefiro pensar que teremos a oportunidade de separar ratos de homens.    

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