quarta-feira, 3 de abril de 2024

Sobre pactos, barbiturícos e qualquer forma de amor...

             Aos sete anos eu já desconfiava da verdade absoluta, mas só aos quinze beijei Amadeu, um senhor de 21. Salvo para  questionamentos  filosóficos  sempre  fui  retardada, sempre. Por  isto enquanto a  maioria  teve amigos imaginários entre os 03 e 07 anos, eu tive o meu, ou melhor, a minha, aos doze.

            Marilyn Monroe para  a minha surpresa também teve uma amiga imaginária em uma idade, digamos, meio inapropriada... Elas ficavam conversando durante horas; discutiam temas filosóficos, arte, destino... De algum modo misterioso se compreendiam e se amavam, porque intuíam as suas fraquezas e forças, que em muito coincidiam. Um dia, pouco antes de se afastarem, em um dos últimos encontros, em uma das últimas conversas, fizeram um pacto de se reencontrarem em outro momento da vida. Elas pensaram em um jeito de se reconhecerem, porque o tempo certamente as afastariam. Foi Marilyn que disse a ela: “Vai me reconhecer por este sinal no meu braço, pelo braço”, referindo-se a uma pinta que tinha no braço direito. Marilyn Monroe morreu em 1962. Dizem que muitos anos depois- embora haja uma grande possibilidade de que seja tudo um grande engano, já que Marilyn estava morta - a amiga a reconheceu, pasmem! Pelo bendito sinal no braço!  

            Moral da história: Eu deveria ter me casado com Amadeu.

                       (Para Rodrigo, amigo de carne e osso)

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