Posto dois trechos de um poema de Fernanda Young, cujo nome é votos de submissão. É um poema muito interessante, porque destoa do feminismo militante, aliás, o nome do poema é muito provocativo, em síntese: totalmente Fernanda...
"Caso você queira posso passar seu terno, aquele que você não usa por estar amarrotado. Costuro as suas meias para longo inverno...Use capa de chuva, não quero ter você molhado..."
"... Mas
quando for a hora de me calar e ir embora sei que, sofrendo, deixarei você
longe de mim. Não me envergonharia de pedir ao seu amor esmola, mas não quero que o meu verão
resseque o seu jardim. (Nem vou deixar - mesmo querendo - nenhuma fotografia. Só o frio, os planetas, as ninfetas e toda a minha poesia)."
Fernanda, poeta.
Abaixo, uma reflexão poética que fiz há algum tempo; um tempo em que estava pensando muito sobre o evento morte, enfim, há várias formas de estar morto, já que existem várias formas de estar vivo, mas, foi um momento de reflexão do aspecto literal do fenômeno morte.
Se há vida,
há esperança;
A fé
segura-se em flores e plumas;
mas há
também o vento tentando levar tudo; arrastando, varrendo...
Ora nos
enlaça a doçura, ora fazemos par com a
desavença;
E dançamos ao
ritmo deste empuxo.
Mas, à
sombra da certeza a morte espera-nos
paciente;
Nossa última
dança...
(E mesmo os
mancos a acompanham).
Patrícia, pateta.
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