quinta-feira, 23 de julho de 2020

Dirce, inundada de Poesia...


             Dirce é uma pessoa cometa: rara! Quem a observa fica sempre olhando de baixo para cima,  admirado...Especial demais! Mulher corajosa! Enfim, não tenho palavras...Ela me enviou alguns lindos poemas, rascunhos de um diário; posto aqui  dois trechos. Segue também uma reflexão poética que fiz a partir de um artigo sobre os fatos da piedade.
 
“Sentimento ferido!
Como se houvesse
Um direito:
O de não ser magoado”

“Ao que me faz doer agora
Deveria, braços abertos,
Deixar morrer na cruz
Antes de me deixar crucificar, eu mesma.”

(Dirce de Assis)

Posso,
evitar a empatia,
deter a vontade de outro passo;
sair do laço, estancar a euforia;
limitar o tamanho do abraço;
Posso,
despertar antes do começo;
agarrar-me a este Morfeu avesso;
alegrar-me só com a alegria que conheço;
Posso,
abrir os olhos a Sísifo,
carregar pedras de um abismo
a outro abismo; 
sem qualquer dúvida ou remorso...
Posso?

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