terça-feira, 14 de julho de 2020

Sobre Reencontros...



                     
         
          Este blog está inundado de filosofia, culpa de quem, né? Vou reconectá-lo com a poesia. Inclusive, postarei  depois algumas que Dirce me enviou, todas lindas. Segue uma minha, tentando conciliar tristeza com euforia. Pat.

Na tarde fria de silêncio cinza
a sua presença  ilumina o luto;
e morre mais ainda o morto,
na expectativa  que se eterniza.
O pêsames constrangido
encerra um abraço frouxo;
e tudo se agita ao lado do morto;
enquanto o morto, mais morto ainda.
Na tensão entre  o vermelho do arroubo
e a escuridão maciça da caixa
o morto, definitivamente morto, se rebaixa;
enterrado pela  inevitável atração.

(Melhor enterrar todo mundo! )   

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