Este blog está inundado de filosofia, culpa de quem, né? Vou reconectá-lo com a poesia.
Inclusive, postarei depois algumas que Dirce me enviou, todas lindas.
Segue uma minha, tentando conciliar tristeza com euforia. Pat.
Na tarde fria de silêncio cinza
a sua presença ilumina o
luto;
e morre mais ainda o morto,
na expectativa que se
eterniza.
O pêsames constrangido
encerra um abraço frouxo;
e tudo se agita ao lado do morto;
enquanto o morto, mais morto
ainda.
Na tensão entre o vermelho
do arroubo
e a escuridão maciça da caixa
o morto, definitivamente morto,
se rebaixa;
enterrado pela inevitável
atração.
(Melhor enterrar todo mundo!
)
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